19 de março de 2010

ser(mos)


talvez o desejo fosse abordar-te do mesmo modo com que falas nas tuas paixões. Ao meu tamanho perante o teu ser, cabe-me baixar a cabeça e ter-te distante no limite do horizonte, intocável, diria.

faço de ti o modelo, não de estilo, não de cor ou padrão mais visto, em ti busco a sabedoria que quero vir a ter. A tua beleza não se restringe ao comum, no brilho dos teus olhos vejo mais que a imensidão que o mundo ostenta, na palma das tuas mãos, linhas cruzam-se e lutam para uma definição acertada do teu ser.

Existes.

Tu, ser não imaginado.



(imagem do sr Vincent Van Gogh, enquanto beleza efémera que a flor representa, subjetividade intrinseca)

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