Quem lê o título numa primeira estância levará a pensar num outro propósito não coincidente com a analogia que criei aquando um momento de instropecção. Se o ser é mais que um verbo e sendo somos mais que uma vulgar pessoa, ir além do pensar faz-nos criar novos horizontes, tal como faz a vaca no seu instinto animal.
Então e que merda de analogia criaste tu, cara Sandra?
Pois bem, para quem não sabe, moro no campo e da janela do meu quarto existe um grande monte verde com vacas e cavalos, esse monte embora seja bastante grande tem uma cerca, uma vedação para que os animais não se apoderem do espaço físico destinado à passagem dos veículos motorizados (esgoismo, chamemos-lhe assim).
Reparei à dias que, apesar de o dito monte ser de grande dimensão há vacas que colocam a cabeça fora da cerca para poder comer a outra erva, não se limitam à erva que o "dono" lhes disponibilizou, querem mais, a erva virgem que ninguém pisou, ambicionam mais do que aquilo que têm ao seu alcance. É estúpido, dirá quem ler, as vacas não pensam, mas se partirmos do principio que sim, ou quase pensam , somos identicos.
Estudamos uma área específica, seguimos todos os critérios socialmente aceitáveis, nunca pulamos a cerca, o caminho deve ser uma linha, o curso que escolhemos inicialmente pode não ser aquilo que realmente queremos e há poucas pessoas capazes de dizer "BASTA" e pularem a cerca, ir mais longe do que aquilo que está predestinado.
Não sonhamos ou temos medo de dizer que sonhamos, limitamo-nos à nossa cerca não física.
E por isso, figurando a situação, gostava de ser a vaca que não se limita a comer a erva do interior da vedação, não ter apenas o que me chega ao alcance mas ir além.
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