29 de julho de 2009

O constragimento e a coincidência fazem parte do meu ciclo de vida.
Sentada na relva, com duas opções de leitura, saltou-me o olhar, como indício de escolha, quase insconciente, para mais um conto do senhor d'O Corvo. O conto intitula-se "Gato Preto", a escrita era clara mas, no entanto, obscura. Entre palavras e pontuação ficou a história de dois gatos sem um olho, nada de transcendente, portanto. Fumei mais meio cigarro (maldito vicío que voltei a encontrar a uns 200km de distância), desmazelei-me de toda a envolvente que me cercava: o verde, os animais, pessoas entretidas a partilharem momentos de êxtase com as chamadas drogas leves. O tempo devia-me tempo, fazia-se tarde. Levantei-me, pedi licença para que os meus membros acelerassem, até que me prenderam a meio do jardim. Um casal de idosos parados. Aproximei-me. Petrifiquei quando vi que o casal estava a olhar para um gato, até então nada de anormal. O gato não tinha um olho. Que escolha de conto.
(a Mary está em Paredes de Coura e deixou textos vazios que irão aparecer do nada)

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