É bom ver-te quando calha, porque não hoje, quem sabe nunca mais. No caminho, deixa-se meia hora dividida pelos quilómetros percorridos, esta ânsia de te ver faz o percurso tão longo, não passo da mesma casa, a árvore insiste em perseguir-me mas, lá ao fundo, ainda consigo ver um vislumbre lascivo: tu! E repito a tua imagem por tudo o que vejo e quero que a imagem deixe de ser imagem, dissuadindo-me do que é irreal, a imagem não és tu, a imagem não és tu...a imagem não és tu sequer. Findo o troço, o teu sorriso, a mão trémula, coração a meio chão, alcanço-te da maneira mais irrisória.
Vou deixar-nos morrer em paz, o sentido deste ciclo já se perdeu à muito e alimentar aquilo que nunca evolui é paciência gasta em vão. Houve em tempos, uma tal remessa de promessas - se é para prometer que o fizessemos à grande- e aqui as deixo.
Prometo não fazer de ti mais um consolo irreal.
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