14 de setembro de 2009

no jardim.

Numa ânsia  mordaz de matar o tempo, dei-me morta pela ausência que tu,  ser robusto de tamanha sensatez, nestes momentos só meus, me trazes.
Olhei para a reunião de caminhos incertos que este espaço tem e, em nenhum deles te vi.
Fechei os olhos e num relâmpago de emoções senti de novo, a tua mão na minha, um alcance ilusório, diria eu quando a lucidez me alcança.
E, por vezes, o vazio de ti ocupa-me demasiado espaço.
Falo, por entre palavras escritas, que perpétuadas ficam, esperando por ti. Queixo encostado à palma da tua mão, reflectindo o sentido da vida, aquando a nossa mútua falta nos acorda entre mumúrios do tempo.
Às vezes somos tão reais no mundo faz de conta.


Mas voltemos a ti...
E assim me deixo ficar.

1 comentário:

poteta disse...

escreve um livro que eu leio!

Gosto desta escrita que puxa, que faz-nos reler para perceber!