bendito seja o vinho que o fez dizer:
[o que ficou em mim com o espamo sobre a envolvente]
A verdade é o meio mais fácil para relatar a realidade. Dizemos aquilo que vemos sem alteração do real, é ter olhar de criança, não pensar no que aconteceu..dizê-lo com espontaneidade, não se enganar nem enganar outrém. Sendo assim, onde fica a mentira? Bem, é outra dimensão, para mentir é preciso ter uma capacidade imaginativa bastante elevada, ao mentirmos estamos a entrar num mundo que não vimos, não sentimos, não presenciámos...é a ficção. Às vezes enganamo-nos a dizer a verdade, julgamos que é verdadeiro o que dizemos, acabando por ser uma subjectividade quando relacionado com determinado objecto. Agora que falo nisso, a verdade pode ser subjectiva respeitando o sentido de cada um...porém, ao ligar duas ideias entre pessoas distintas tem de haver uma objectividade. Ando a precisar de filosofia de novo, a capacidade de argumentar está cada vez menos fluente.
Naquela tarde, aquela cerveja soube-me a lição...o senhor doutor dos dentes embalado no seu copinho de vinho e na sua dissertação sobre a dicotomia verdade/mentira fez-me pensar de tal maneira no assunto que ainda estou lhe estou a dedicar parte do meu tempo.
Vou guardar mais uma tarde da minha vida para uma minizinha com aquele senhor, estou curiosa para outro pensamento, não é que seja algo fora do comum aquilo que o Doutor dos dentes disse, mas, às vezes, pensar dói, cansa...custa!!! E quando surge alguém a dizer-nos aquilo que até podemos sentir mas que nos custa encontrar o modo certo de o dizer, olhamos para o nosso ser...para o inicio do nosso âmago e vemos que passamos parte do nosso discurso a não dizer nada. Somos inúteis, com conversas que não nos realizam...e debruçar sobre os assuntos faz-nos sentir um patamar acima da Humanidade.
ponto final
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